Amar é para idiotas

Amar é para idiotas
Serve única e exclusivamente para nos retirarmos um pouco da realidade que é a vida. É realmente uma tentativa de romantizar ao estilo de Hollywood, dos filmes que nos encantam e fazem sonhar com os finais felizes e em que tudo é belo. Tal e qual como os milhares de livros de auto ajuda, auto conhecimento e similares, que servem maioritariamente, para quem os escreve ou publica, encherem os bolsos à custa de quem precisa realmente de ajuda. Já para não falar da Igreja que durante séculos semeou ódio e medo, é a qual ainda hoje poem padres a falar de família, que é uma coisa absurda pois falam de algo que lhes é vedado. Adiante...
Ninguém, hoje em dia sabe o que é amar. Gostar talvez. Para isso contribui a sociedade actual, se bem por um lado mas mal por outro, em que tudo tem de ser a correr, sem tempo, sem contacto, sem privacidade, sem carinho mas com muito stress.
Começa tudo logo pelo princípio.
Conher na altura certa a pessoa certa (caso cada vez mais raro), ou então, em ordem crescente de mais comum:
A pessoa certa na altura errada;
A pessoa errada na altura certa ;
A pessoa errada na altura errada.
Na primeira talvez ainda consigam fazer com que a relação dê certo, lutando contra algumas adversidades do quotidiano, e até se calhar se amém. Mas como referi, se já era raro...nos tempos que correm cada vez mais raro é.
As outras, nunca se irão entender. Amar aí nesses casos é impossível já que são precisos dois para "dançar o tango". Ainda para mais quando já são segundas, terceiras, quartas, ou seja lá as que forem, relações com uma pessoa diferente. Por muito que se tente, existem sempre conflitos com a ou as relações anteriores de cada um. Cada qual com seus traumas e intransigências, impaciências. No qual o contacto maioritariame é feito à distância e quando é feito in loco, é após dias de stress e com um acumular de emoções irracionais em que nada contribuem para o bem estar e diálogo sensato.
Amar é para idiotas também porque se há alguém que ame e queira ser verdadeiramente amado, com o tal espectro romântico da vida...acaba por ter desilusões cada vez maiores e mais profundas. Já não existem madres Teresa de Calcutá, que amava a todos, mesmo sendo neste contexto um amar diferente, mas que era retribuído pelo seu amar.
Para os poucos que ainda pensam que realmente existe um amar real...esqueçam.
Isolem-se de preferência. Evitem sempre que possível contactar com pessoas. Esse coração que ainda mantém essa ilusão, tem de ser de pedra até que finalmente possam estar em convívio. Vai ser difícil mas não impossível. Preparar para, mesmo na solidão, desatar a chorar ao ver a solidão em que se está. No trabalho tentar disfarçar sendo um palhacinho sem mostrar o quão está o coração a sangrar. E ao sair regressar de imediato a casa para só voltar a sair para ir trabalhar. Sim. Caminho penoso e longo. Mas o único que os ainda pode tornar normais.

Vazio

Sim...vazio. Continuo a sentir esse enorme vazio que me percorre o coração e corrompe a alma. Continuar sorrindo e brincando para disfarçar o que dentro de mim se passa está a ser demais para esta cabeça. Queria ser mas não sou alguém que consegue estar só. Não consigo viver sem ter o sorriso de uma mulher todos os dias...a minha mulher. Poder a ter nos meu braços e abraçá-la ternurentamente e eternamente. Poder beijá-la e admirá-lo como o mais precioso tesouro que existe e que o é...
Ó doce loucura de pensamentos que escorrem continuamente e os tenho de abafar. Sufocá-los com as minhas próprias mãos que tanta asneira fizeram já. Estas mãos que não cumpriram o objectivo de acabar de uma vez por todas com esta agonia quando o sangue lhes passou pelos poros. Angústia miserável que é exasperante pelo nada poder fazer. Apenas esperar e nada dizer. Somente sonhar com algo que não se realizará. Desisto. Apenas aguardo que a morte me venha buscar o mais depressa possível para acabar com tudo de uma vez. Afinal não nasci para superar os limites. Nasci apenas para sofrer e nada mais. Já chega. Acaba com o meu sofrimento por favor...

Bloody hell

Quem é que raio eu me preciso de tornar para, não que seja feliz, não que esteja completo, mas apenas para ser e estar em paz? Não quero nada nem ninguém que me veja como um escape ou algo que seja apenas para passar o tempo. Não quero sofrer como o que sofri e sofro por ser um imbecil que pensa com o coração. Mais que feliz queroter paz. Não uma qualquer paz. Uma paz interior e que nada nem ninguém a tire do sitio onde ela tem que estar. Uma paz no vazio. Como se isso fosse possível....
Quase que invejo aqueles que têm a frieza de nada, nem a ninguém ligar a não ser aos seus próprios propósitos. Aqueles que se aproveitam de situações e pessoas para alcançar os seus intentos. Esses que para mim são uma corja, qualquer coisa como vermes imundos e inúteis, que em nada contribuem de bom, nem para a sociedade, nem para o mundo. Mas são esses que aparentemente estão bem nesta merda de mundo. Eu não...
Como eu gostava que, quem me quissese (como se alguém assim existisse), me dissesse na cara isso mesmo. Que inferno sangrento este mundo é em que os perfidos e perversos, enganam, subjugam, e dominam à face. Já sem pudor e com as memórias a atormentar aqueles que em si confiaram e depositaram a confiança. Que merda de mundo onde os ingénuos e inocentes chegam a pagar com sangue e lágrimas as dívidas daqueles que nada merecem.
Não. Continuo a a nao6os invejar

Dilemas...

Dilemas existenciais e da merda do coração. Aquele que nos trai é nos clama por atenção. Merda de dilemas que a idade separa e nos transforma em soturnidade e nos envia para a penumbra. Consome o que se tem e o que não se tem. Nos afoga em quase desespero por ter algo que é distante e que não alcançaremos nunca. Triste vida, miserável sina, horrível karma. Quem me dera ser desprovido de emoções. Quem me dera poder calar de uma vez este animal a que se chama coração. Esse atroz e incansável destruidor de sonhos que ao mesmo tempo os vai criando. Ao mesmo tempo que os cria, vai aumentando a dor que o consome. Nascer, crescer e morrer assim é exasperante. Pensar assim é cansativo. Viver assim não é viver, é apenas tentar sobreviver a cada dia com a dor intensa de quem nunca esperará que amanhã seja melhor. Saber que não se pode ir, porque algo maior não nos deixa ir...
Raios. Será que seria possível uma vez nos ser dito que objectivo temos em ficar mais um dia, mais uma semana, mais um ano, assim vivendo? Estou cansado das desilusões que este infeliz me vem causando. Ele cria e sofre. Sofre por ser o contrário da inteligência. Sofre por ser uma máquina perfeita de sonhos e ilusões. Bem que a mente lhe diz tanta vez para se calar. Dilemas entre a alma e o coração...quem não os têm...
Infelizmenteuitos ou talvez não. Não os conto. Eu sei o que são e apenas posso escrevinhar o desespero de um coração que a cada dia que passa se sente mais só, mais rejeitado. Cada vez mais num vazio.

E então?

Viver a vida com ou sem dor? Viver com ou sem coração? Viver...apenas viver...
Tão simples de fazer e ao mesmo tempo uma situação difícil, quiçá enexplicavel. É o porquê? Porque quem nasce assim não muda. Não quem tem coração. Não quem tem a sua alma ligada aos sentimentos que tem e extravasam os limites da mente. Se é difícil viver assim? É! E tanto! Amar é fogo que arde sem se ver. É a corrupção da mente que nos tenta contrariar e não a escutar. Qualquer coisa como, saber o que tenho de fazer e ignorar o que sinto. Mudar a maneira de pensar e deixar o sentimento em relação aos outros e pelos outros.
Fácil dirão muitos. Impossível digo eu. Sou assim! Fui feito com esse propósito! E não me é permitido deixar, o sentimento, a incessante procura por algo que me resplandeça a alma...e o coração. Raios me partam...se conseguissem e quisessem. Sei o que sei e quanto mais sei mais saberei que nada, mas nada alterará o que sei e sinto. Por muita desilusão e dor que sinta, no peito, na alma...a mente nunca ganhará.
Porque nada há de mais belo e nos preencha. Porque...enfim. Ser algo que nem humano , nmas têm de penar as agruras que me foram impostas. E as aceitarei de bom grado desde que algo de bom daí nasça.

Bleeding heart

Só agora e passado tanto tempo me pus a reflectir no que o meu mano quis sempre dizer com aquela expressão. Ser ou não ser, eis a questão, como diria Shakespeare.
Porra pá! É um dilema do catano...
Quanto mais penso e leio acerca de tantos e diversos assuntos, menos sei. E menos ainda sei como quero ser. Se endureço e construo um muro à volta do coração ou se o liberto de uma vez por todas.
Mais fácil seria empedrado. Deixar de pensar com ele. Deixar de sentir. Decididamente deixar de pensar em amor e nas suas consequências. Colar com cimento todos os milhões de pequenos bocadinhos que estão partidos e fechá-lo eternamente. Mas que raios...eu não sou assim. Maldito seja. Penso mais com o coração do que com aquela merda que tenho acima dos ombros. E não é por falta de inteligência, infelizmente. Tenho de sobra, sempre tive. Mas o coração sempre mandou mais. Tirando uma certa altura em que não era nenhum dos dois a comandar e que tanto mal fez para o meu futuro. Mas de burrice está a terra cheia e continuam a crescer,florescer como se de erva daninha fosse.
Querer ser melhor, com um coração que manda...boa questão e no entanto quem pode responder a isso se não eu? Sim burro do caraças....TU! Deixa o passado (recente) que não mais quer saber de ti, parvo de merda. Só falta de dar um tiro para entenderes finalmente! E não é que eu não tenha mais que entendido que esse passado já não volta e já não tem nada a ver comigo. Foi-me explicitamente dit, escrito, n vezes em viva voz. Foi, passou...fizeste merda....morreu. O saudosismo daquilo que até então tive e me aprisionou a alma e o coração completamente. Por fim o destruiu, por culpa própria, por intolerância, por estupidez...mas destruiu. E agora acabou o lamber as feridas tipo cachorro abandonado. És melhor que isso. Aprende com os erros e avança, para ser melhor, para dar a quem precisa e merece. Aprende de uma vez por todas que não vais estar cá para sempre. Aprende que podes ser tanto mais para ti e para outros. Não que antes não fosse alguém que merecesse mas simplesmente porque acabou. Vive porra. Ama. Vive amando. Ilude-te ou não. Mas vive! Quantos já te disseram essa mesma merda??! Só não deixes de ser tu próprio! Não sucumbas a nada por ninguém. Queres ser feliz? Então é quem não quer? Todos procuram felicidade! Todos! Os que pouco ou nada têm é os que muito têm. E? Uns matam-se a trabalhar para ter aquilo que acham que os fazem felizes, já outros gastam aquilo que nunca nada fizeram para ter na mesma busca...mundo estúpido este ...
E tu? Mata, reaprender, constrói, dedica-te!
Foda-se se o que melhor sabes é amar...pois ama!!! Ama e vive burro do car......

Tempestade e bonança

Acabei de ler uma interessante analogia da nossa vida com Deus. Deus é o sopro da nossa vida no qual somos um barco no oceano. Quando as nossas vidas se encontram tumultuosas Deus nos sopra como a tempestade e nos faz pensar que é altura de baixar as velas e reflectir no que estamos de mal a fazer.
Agora aprofundo mais a questão em si.
Não só é nas alturas de tempestade que Ele nos avisa que temos de reflectir, a sério  ponderadamente, no nosso percurso. Existe a bonança, que, se for com uma leve brisa nos encaminha suavemente pelo oceano, onde nós observamos as maravilhas que Ele nos concedeu, percorrendo a imensidão do oceano (vida).
Mas existe na bonança também a ausência de vento, a calmaria absoluta, onde estagnamos e nos pode acabar por levar à loucura.
Conclusão, "Deus escreve direito por linhas tortas."
Tal é qual como os ventos são. Se formos sempre a direito em certa altura encontraremos ou a tempestade ou a calmaria. Cabe a nós virar o leme do nosso barco na altura certa, no momento certo, aquele preciso instante em que o sopro Dele começa a aumentar. Para isso necessitamos de estar atentos a todos os sinais, precisamos de estar focados, acordados, conscientes do mal ou bem que viramos o nosso leme.